O Bahia foi atropelado pelo Fortaleza na noite desta terça-feira, na Arena Fonte Nova. O Tricolor se complicou na Copa do Nordeste, sendo derrotado por 3 a 0, com mais de 27 mil torcedores nas arquibancadas.
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Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico Renato Paiva analisou a derrota e bancou a manutenção de seu modelo de jogo, com linhas defensivas altas, por exemplo.
– Eu até entrei com dois jogadores com características defensivas. O Diego Rosa e o Acevedo. O que queríamos era que eles fossem mais ao ataque. O Diego saiu porque não entrou no processo de ataque. Ele só ocupou espaços lá atrás. A linha estava avançada no primeiro gol, mas a gente tinha que estar ali. O que temos que fazer é colocar em prática o que treinamos, e hoje não fizemos. Nós jogamos controlando o espaço do adversário, a profundidade, e hoje fizemos uma linha de fora de jogo. Nós não temos esse “volantão”. Não acho que foi por ausência desse jogador. Repito, o Fortaleza foi melhor que nós coletivamente e individualmente – explicou.
O treinador mantém a sua convicção de que o trabalho dará certo ao longo do ano. Até agora na temporada 2023, o Bahia levou onze gols em onze jogos no total.
“É trabalho. O treinador sou eu, quem trabalha todos os dias com eles sou eu. Não sou teimoso. Eu detesto perder. Não é teimosia. É convicção do nosso trabalho”.
Confira outros trechos da entrevista de Renato Paiva
Quando a equipe vai ganhar liga?
Eu gostaria de te responder, mas na realidade do Brasil eu não sei. Ainda não trabalhei aqui. Precisamos de tempo para treinar. Tivemos tempo pra trabalhar antes desse jogo, mas nem sempre ter tempo significa ganhar o jogo. Tenho que agradecer ao Rogério e à equipe do sub-20. E também aos jogadores do time principal que foram ao jogo. Nos ajudaram muito. Eles fizeram a parte deles, nós não fizemos a nossa. Temos que fazer correções. Não te consigo dizer muito mais. Os jogadores erram, mas não de propósito. Temos que melhorar o processo defensivo que estamos falhando em muitos jogos. Nosso primeiro jogo foi dia 11, há um mês, e já temos 11 jogos realizados. E é uma equipe nova. Quer interpretar como desculpa? Interprete. Temos que fazer os jogadores evoluírem. É o caso do Cicinho, precisa de jogo, de ritmo. Temos que entregar isso para ele. Acredito que quando começar o Brasileirão vamos estar muito mais preparados. O que vai acontecer até lá, eu não sei. Sei que quero trabalhar e fazer os jogadores crescerem. É uma derrota pesada, dura, estamos tristes, queríamos ganhar. Mas não podemos entrar na emoção. Emoção é para torcida. Precisamos ter razão.
Time sai atrás do placar
– Conseguimos três viradas. Hoje não conseguimos, contra o melhor adversário que enfrentamos. O cenário ideal caiu para o Fortaleza. Tenho certeza que se nós marcássemos primeiro, a tranquilidade vinha para cá. Mas não foi isso que aconteceu. Acho que não tem relação com os começos dos jogos. Mesmo não jogando bem, mesmo com uma equipe nervosa, a gente conseguiu chegar várias vezes na área adversária. Erramos cruzamentos e finalizações. Precisamos refletir e continuar com nosso trabalho.
Como virar a chave para um jogo difícil em meio a jogos fáceis?
– Eu concordo com esse favoritismo, mas temos dado uma resposta positiva. Somos os primeiros do Baianão, com só uma derrota. Na Copa do Nordeste temos sido penalizados. Fomos melhores contra o Sampaio Corrêa. Viramos e sofremos gol no fim no outro jogo. Hoje foi um jogo contra um adversário que tem três anos de trabalho. Espero estar aqui daqui a três anos respondendo perguntas com um time equilibrado, acostumado a repetir rotinas. O torcedor sai de casa e quer ganhar seja como for. Não quer saber como treina, se treina. Eu sei o que faço para ganhar, meus jogadores sabem. Mas o torcedor não. Não é a velocidade que as pessoas querem, pessoas que não estão no meio. É preciso tempo. Em um mês temos onze jogos feitos. Pegamos uma equipe que estava na Série B e subiu em quarto. E no meio do caminho entrou um projeto novo que foi buscar a mim para consolidar um projeto. Isso leva tempo. Para uns é desculpa, para mim é processo.
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