O técnico Rogério Ceni lamentou a derrota do Bahia para o Santos por 2 a 1, de virada, em plena Arena Fonte Nova, na abertura da 24ª rodada do Brasileirão. O comandante apontou falhas defensivas nos dois gols sofridos de bolas paradas e destacou a situação complicada que o time se encontra na briga contra o rebaixamento.
“Foi um começo muito ruim da nossa parte. Éramos para ter o domínio da partida e foi o Santos quem teve as melhores oportunidades nos primeiros 10 minutos. Acho que o jogo depois se assentou e começou a ficar bem mais parelho, nós também tivemos nossas oportunidades de gol. No segundo tempo, desde o começo o Bahia foi melhor, controlando o jogo, conseguiu fazer seu gol e continuava jogando bem. Aí vieram duas bolas paradas que não se pode… Temos que estar um pouco mais concentrados para não sofrer gols desse tipo. Então assim, foi um jogo regular, não foi um grande jogo que fizemos, apesar do esforço, da dedicação de todos os atletas. Mas nós temos que, principalmente essa bola parada defensiva, treinar mais e mais posicionamento”, analisou na entrevista coletiva. “O começo de jogo para mim foi muito abaixo do que a gente esperava. Depois, no meio do jogo, o time conseguiu desenvolver bem o que queria, criar boas oportunidades, controlar bem o jogo. Infelizmente a gente sai daqui derrotados. Era uma grande oportunidade que tínhamos de somar seis pontos e sair de uma situação complicada. A gente retorna para essa situação complicada e vai ter que trabalhar para enfrentar um adversário difícil que é o Flamengo na próxima rodada”, completou.
O treinador treinou mais os lances de bola parada ofensiva. Agora, no entanto, ele terá tempo para ajustar o Tricolor, que só jogará no dia 30 deste mês, um sábado, contra o Flamengo, Maracanã, às 16h (horário de Brasília).
– Temos o Ratão pela esquerda, Biel também. Conversei com ele [Juba], trabalhei dois dias pelo lado direito, joga no estilo parecido com o Ademir, não tem velocidade, mas consegue fazer essas tabelas, precisa de adaptação. Bolas paradas trabalhamos muito, trabalhamos mais a bola ofensiva que defensiva nesses dois treinos, mas vamos ter que ter atenção. Faltou um pouco de comunicação para ajeitar isso dentro do jogo. Não nos posicionamos bem nas bolas paradas, mas temos que tentar tirar coisas positivas para não afundar, nos manter serenos, trabalhando. Esse jogo é muito difícil aceitar a derrota. Tem que aprender a valorizar o triunfo momentâneo para manter a vantagem até o final.
Porque manter Everaldo na equipe?
– Minha intenção que vejo ele como melhor jogador nessa função de camisa 9, tentou, batalhou, no momento que senti que cansou, o Vini entrou no lugar dele. Dentro do elenco montado acho ele mais interessante. Não fez gol em Curitiba, mas participou dos lances. Precisamos do apoio de todos para esses jogadores, são eles que vão ter a obrigação e oportunidade de tirar o Bahia dessa situação incômoda até o final do campeonato.
Atuações de Victor Hugo e Acevedo
– Tanto o Vitor quando o Raul são canhotos, prefiro sempre um canhoto jogando pela esquerda, corpo melhor posicionado, na hora de construir é melhor. Acho que os dois têm capacidade de jogar e vamos escolher quem tiver melhor nos treinamentos para cumprir a função. No meio, a principal diferença é a bola aérea, Rezende estabiliza mais a defesa nessa jogada. Acevedo cobriu muito espaço hoje, bom jogador. Mas volante alto, na frente da zaga, ajuda muito nesse tipo de jogo.
Estreia na Fonte Nova
– Sempre um prazer jogar com a torcida aqui, traz energia positiva para a gente. Não se deve ficar nervoso, tem que aproveitar o que o torcedor oferece para a gente. A parte mais difícil de se jogar, e mesmo assim entramos e tivemos oportunidades. Vejo a presença do torcedor como mais um motivo, ele se vê representado pelos caras que estão no campo. E eles trazem energia positiva nos jogos aqui.