Nesta segunda-feira (12), o técnico Renato Paiva e a nova comissão técnica foram apresentados pelo Bahia no CT Evaristo de Macedo. A chegada do treinador de 52 anos foi escolha do Grupo City, novo investidor e gestor do futebol tricolor.
Pela primeira vez em 91 anos, o Bahia vai ter um técnico português no comando efetivo da equipe.
Nas primeiras palavras como treinador do Esquadrão, Renato citou Evaristo de Macedo e afirmou que a história das glórias do Bahia teve peso para aceitar o convite de treinar o clube brasileiro. Ele estava no Léon, do México, e passou também pelo Independiente del Valle, do Equador. O currículo conta com a experiência de 18 anos nas categorias de base e time B do Benfica.
“Gostaria de fazer duas menções que são muito importantes, a primeira para uma lenda para esse clube, o meu colega, o senhor Evaristo de Macedo, que hoje fez uma publicação para nos dar boas vindas. Nada pode nos deixar mais orgulhosos do que uma pessoa que deixou uma marca profunda nesse clube, no futebol brasileiro, Real Madrid e Barcelona. O meu profundo agradecimento”, disse.
Renato Paiva teve reuniões com a comissão técnica e o departamento de futebol, conheceu os atletas que se reapresentaram e começou a traçar o que espera do perfil do time para a próxima temporada. Segundo ele, o torcedor pode esperar um time agressivo.
“Tenha certeza que vamos montar um elenco muito competitivo, dentro da nossa forma de pensar o jogo. Não tem lógica contratar um jogador que não se encaixa na forma de jogar. Me perguntaram muitas vezes por treinar o Independiente del Valle com três zagueiros, qual era a minha forma preferida de jogar. A minha resposta é sempre a mesma. No Benfica, durante 18 anos, jogamos no 4-3-3 e às vezes 4-4-2. Mas dizer que o que eu quero e gosto de fazer é perceber os jogadores que temos, as características e aí definir um sistema. Para mim isso é essencial e quem vai definir o sistema é a característica dos jogadores”.
“Estamos a procurar essas características dentro de uma ideia de jogo, que é uma ideia de protagonismo, dominante de tentar ter a bola o maior tempo possível, mas não de forma estérea. Se eu puder atacar o adversário com dois passes, não vou fazer em 20, mas depende do posicionamento do adversário. Aquilo que queremos é construir um elenco que possa dar continuidade a essa forma de pensar o jogo. O jogador vai ser exposto ao jogo, vai ter que tomar muitas decisões e as suas qualidades vão aumentar”, completou.
Renato lembrou ainda que a experiência com o trabalho de base no Benfica será fundamental para desenvolver jovens jogadores. Sob o comando do Grupo City, o tricolor deve dar uma atenção maior aos atletas formados nas categorias de base.
“Estamos aqui não só para desenvolver um coletivo, mas também para desenvolver ativos. Não só os da base, mas também os que já estão no clube. O que podemos prometer é que estamos fazendo tudo para encontrar um elenco de muita qualidade, que jogo após jogo colocará em prática um jogo que os torcedores sintam paixão. Sei que os torcedores vão para o estádio por paixão, mas se for por paixão com acréscimo da qualidade, é o ideal”, comentou.
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