O Conselho Fiscal do Bahia divulgou nesta semana um relatório das contas do clube no segundo trimestre de 2022 e sinalizou como “preocupante”, a situação financeira do Tricolor. Falta do recolhimento do FGTS, Contribuição Previdenciária, IRRF e parcelamentos vigentes (PERSE, PROFUT e Parcelamento Ordinário) são alguns dos passivos destacados no exame das contas.
“Ressalta-se o elevado passivo tributário, previdenciário e trabalhista proveniente de juros e multas gerados pela falta ou atraso de pagamento dessas obrigações, além de possíveis sanções por parte dos órgãos de arrecadação”, destaca o documento.
O problema apontado pelo Conselho Fiscal gerou revolta no ex-vice-presidente (2015-2017) e ex-diretor (2018-2020) do clube, Pedro Henriques. Em uma longa publicação no Twitter, ele não poupou críticas ao problema que a atual diretoria executiva vem lidando.
“O cenário é triste. Mais que isso: é vergonhoso. Já havia visto denúncias em rede social sobre o não recolhimento do FGTS, e o CF ratifica essa informação. Essa prática nós vimos no Bahia em outras épocas… O Bahia não recolheu as contribuições previdenciárias e IRRF no período e também no 1º trimestre! Isso é apropriação. Conduta tipificada penalmente! Imagine que você retém o imposto de renda no pagamento do seu funcionário e, em vez de repassar ao fisco, fica para você! Não pode!”, publicou.
Em nota, enviada ao portal Bahia Notícias, o Bahia se manifestou, colocando destaque no pagamento das dívidas e nos problemas financeiros causados pela pandemia e pela queda de orçamento em virtude do rebaixamento. No entanto, reconheceu a dívida e indicou breve pagamento.
Confira a nota completa enviada pelo Bahia:
O Bahia informa que já pagou R$ 20 milhões em dívidas antigas apenas em 2022 e se encontra em dia com salário, direito de imagem, acordão trabalhista, acordo do Oportunity, acordo da BWA, entre outras obrigações, e cada vez mais próximo de finalmente equilibrar as contas.
Os reflexos da pandemia e do descenso à Série B tornaram esse trabalho um desafio diário, mas o clube pode assegurar ao seu torcedor que o pior já passou.
A situação do Perse também está ajustada, sem risco. Neste momento o Bahia aguarda a compensação dos seus créditos relativos à Timemania para quitar os valores em aberto, que inclusive são superiores ao débito em questão. Os repasses, além disso, já aconteceram no dia 5 de agosto.
O cenário encontra amparo no artigo 7º do parágrafo 6º da Lei 11.345, de 14 de setembro de 2006.
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