Visando aprimorar o auxilio do árbitro de vídeo durante as partidas do futebol Brasileiro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta semana algumas novidades para o VAR, inspirada nas principais ligas fora do país. A entidade espera receber no início de outubro o restante dos equipamentos, vindos da Inglaterra, para as cabines. Após a montagem dos aparelhos, a ideia é iniciar a operação até o fim do próximo mês.
O espaço localizado em um edifício na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, vai extinguir as cabines nos estádios. No local, serão 10 salas de VAR no mesmo ambiente, com conexão direta a todos os estádios da Série A. Cada estádio tem a sua particularidade em relação à sala do VAR. Na Central, a CBF adotará um padrão para a sala do VAR, com maior homogeneidade na operação como um todo.
– A ideia é otimizar toda a operação de VAR. Hoje é feita em cada estádio. Ao centralizar, (vamos) ter toda a arbitragem mais próxima da gente para ter um acompanhamento dos procedimentos, para tentar aprimorar cada vez mais essa operação. Também viabiliza em relação aos custos porque facilita a logística. Em vez de viajar para todo o Brasil, centraliza tudo aqui na nossa sede – explica o coordenador de projeto do VAR, Lucas Almeida.
A tecnologia será implementada via fibra ótica pelo ganho de rapidez e qualidade. A CBF vai trabalhar com três linhas independentes de conexão da Central do VAR para cada estádio. Com isso, a intenção da entidade é se preparar para eventuais falhas e se apoiar em uma linha de conexão em caso de falha de outra.
Com essa conexão direta com o estádio, as cabines do VAR centralizado vão passar a enviar imagens para o telão do estádio com informações do que está sendo checado e revisado pela arbitragem de vídeo. A entidade também pretende aprimorar o envio das imagens para as transmissões em busca de maior transparência com o público.
Para que o projeto entre em funcionamento, faltam algumas etapas a serem cumpridas. A primeira é a chegada do restante dos equipamentos. Contratados pela empresa Hawk-Eye, provedora da tecnologia para a Série A e a Copa do Brasil, estes aparelhos têm previsão de chegar no começo de outubro.
Enquanto isso, a CBF tem feito os testes de conexão com cada estádio para homologar o devido funcionamento com a Fifa. É necessária a homologação com a Fifa de cada estádio para o uso da cabine a partir da central. No entanto, não é preciso que todos os estádios estejam homologados para o início das operações. É possível que os trabalhos comecem com alguns estádios direto pela Central e outros com a cabine no local.