A iminente saída de Thaciano movimentou os bastidores do Bahia nos últimos dias. O Grêmio, que emprestou o meia ao clube baiano, recebeu uma proposta do futebol turco e aceitou vender o jogador. O Tricolor tinha o direito de igualar a oferta, e assim o fez. Porém, esbarrou em obstáculos que inviabilizaram qualquer avanço nas tratativas pela permanência do atleta em Salvador.
Em live para o canal Dois a Um, no Youtube, o vice-presidente do Bahia, Vitor Ferraz, afirmou que o salário que Thaciano receberá na Turquia é muito maior do que aquele que o Bahia paga atualmente. Outra questão é a vontade do jogador em atuar fora do Brasil.
– Fomos procurados pelo Grêmio informando a respeito de uma proposta que receberam de um clube da Europa. Automaticamente a gente buscou entender as condições para ver se o Bahia poderia cobrir a proposta. Na condição de atleta emprestado, como foi um empréstimo não oneroso, o Bahia não pagou nada para ter Thaciano por empréstimo, é um procedimento comum. Gerou alguns comentários, alguns questionamentos, como perder jogador durante a temporada. Isso é absolutamente trivial. Quando se pega um atleta emprestado de um clube, se não está pagando, há uma vulnerabilidade nesse sentido. Quando emprestamos atletas, fazemos a mesma exigência. Por exemplo, Ignácio está emprestado à Chapecoense, e caso a gente receba alguma proposta, e seja do interesse do atleta, podemos nos valer dessa prerrogativa e solicitar que a Chapecoense nos devolva o atleta. Isso é absolutamente comum quando a gente tem contrato dessa natureza.
O vice-presidente tricolor informou também que, caso a saída de Thaciano se confirme, o Bahia buscará uma peça de reposição no mercado. Diante da falta de recursos, Vitor Ferraz não garantiu um jogador com as mesmas características do meia, que é conhecido pela versatilidade em campo.
– É uma questão que está em fase de definição. Caso de fato não seja possível a manutenção de Thaciano, precisaremos buscar uma peça de reposição para que a gente possa manter o nível de desempenho que a equipe bem tendo e até, quem sabe, elevar o nível. Sabemos que não é fácil. É um atleta muito versátil, consegue jogar de volante, tem características de meia, entra na área, atua na beirada. Não é simples. Talvez a gente não consiga ter um jogador com as mesmas características. Temos que lembrar que o Bahia vem passando por dificuldades financeiras severas. A gente passa por um momento financeiro difícil. Temos uma dívida grande que se arrasta, fruto de anos de gestões temerárias. Essa dificuldade financeira se agravou bastante no último ano por conta da crise provocada pelo coronavírus. Terminamos 2020 com um déficit de R$ 50 milhões.