O técnico Dado Cavalcanti concedeu entrevista coletiva após a derrota por 4 a 3 para o América Mineiro e justificou a escolha do zagueiro Lucas Fonseca para iniciar o confronto e se mostrou insatisfeito com a atuação do Bahia na partida.
– O time toma gols, não a zaga. Assim como o Bahia faz gols, sofre gols. A ideia era fazer construção com passes curtos. São características bem diferentes de um jogador para outro. O Luiz tem passe longo, Lucas tem passe curto, entre linhas que poderia contribuir um pouco mais. Essa foi a condição.
Desde a lesão do argentino Germán Conti, então titular absoluto, o Bahia foi vazado oito vezes em três partidas. Com 13 gols sofridos, o Bahia já tem a segunda pior defesa da Série A. O treinador tricolor admitiu que o número é elevado.
– Número expressivo o fato dos gols tomados. Quantitativo alto. Meu hábito é sempre isolar número com relação à forma que estamos tomando os gols. Nos preocupa. Importante entender como os gols aconteceram.
Confira outros trechos da entrevista de Dado
Surpreendido pelo América? Lição da derrota?
– Sobre surpresa, talvez não houve. Esperávamos o América-MG marcando baixo e contra-atacando. Talvez essa receita deu muito mais certo do que esperávamos. Mais do que a nossa precipitação e erros na frente, foi nossa pressão pós perda que não funcionou tão bem. Talvez pelo nível do desgaste de nossos atletas. Não tenho dúvida que foi determinante.
Rodízio
– Não tenho feito. Inclusive sou contra rodízio, sou contra poupar. Mas concordo que talvez foi erro repetir escalação com jogadores que estão numa sequência desgastantes. Temos vários jogadores com setinha para baixo. Tipo de jogo compromete mais. Precisa de força para pressionar na frente e correr para trás. Concordo com a reflexão que fica em relação à escalação da equipe.
Jogo para se ter na memória?
– Sim. É um jogo que vai estar guardado, no nosso arquivo. Talvez enfrentaremos adversários que utilizarão da mesma estratégia. Isso é uma condição de lembrança interna para que esteja um pouco mais vacinado quando enfrentar dificuldade assim.
Erros ofensivos
– Fazem dois jogos que criamos muito. Hoje, mesmo tomando a quantidade de gols, também criamos muito. Tivemos chances com vários jogadores. Às vezes a gente direciona muito para um atleta. Isso é uma das coisas que não faço. Nossa equipe foi abaixo do normal, perdeu forças, poderia estar um pouco mais forte dentro de campo, não aconteceu. Vamos procurar dar confiança aos atletas.
Projeção para domingo
– São três dias, mas acaba-se que é um dia a mais apenas, mas não tem muito o que usufruir. Logística para Chapecó é muito difícil. Estamos comprometendo o treino de sábado, por exemplo. Reflexão será feita principalmente pelo rendimento dos atletas. Vamos procurar a melhor formação.
Jogadores que não rendem
– Se a gente começar a trocar os atletas por conta de erros, vai faltar jogador. Temos 50 inscrições, é um grupo enxuto com menos de 25 da equipe principal. Minha missão é extrair o máximo. Vou procurar dar muita força para nossos jogadores. São eles quem resolvem os problemas dentro de campo.