O Bahia bateu o Ceará de virada por 2 a 1, na tarde desta quinta-feira, e venceu a sua primeira partida fora de casa pelo Campeonato Brasileiro. Apesar de sair atrás do marcador, o Esquadrão mostrou poder de reação e, em quatro minutos, virou a partida com dois gols de Gilberto.
Para esse jogo, Dado não alguns de seus titulares: Rodriguinho e Conti não viajaram, Nino segue suspenso e Patrick de Lucca foi poupado no início do jogo. Com isso, Luiz Otávio, Jonas, Renan Guedes e Thonny Anderson foram titulares.
– Triunfo importantíssimo. Adversário direto nas pretensões da nossa equipe, vencer fora é importante, retomar o trilho dos triunfos, já que fizemos uma partida ruim e perdemos em casa contra o Inter, retomamos a confiança. Entendo que a oxigenação do grupo foi importante, a presença de três jogadores que não jogaram o jogo passado se fez necessário. Acho que a equipe veio um pouco mais intensa – avaliou Dado após a partida.
Acho que fomos consistentes. Fomos eficientes, na verdade. Não fomos tão efetivos, não criamos tanto. Mas quando criamos estávamos lá para matar o jogo. Nossa dupla de zaga fez uma partida segura, consistente. Por cima foram absolutos. Pela estratégia de retornar as linhas, sobrou para o adversário levantar bola na área, e fomos muito bem nesse quesito.
Dado também comentou as mudanças que fez no time e a postura da equipe. No segundo tempo, o Tricolor recuou e viu o Ceará incomodar. A equipe terminou com três volantes (Edson, Patrick e Lucas) e três jogadores no ataque (Óscar, Maycon e Thonny Anderson).
– Fiz a primeira troca pensando justamente o contrário. Tirei Jonas e pus o Patrick. Entendi a necessidade de jogar mais. Precisávamos jogar mais. Adversário começou a crescer e a gente ficou sem espaço, sem posse de bola. Patrick nos deu, em um momento do jogo, aquela caracterização de construção. Só que fui forçado a fazer novas trocas que mudaram drasticamente as característica dos jogadores em campo. Tive que tirar o Thaciano e colocar o Lucas, que é uma condição de jogo diferente. Um jogador que é de origem marcador. Um jogador de contenção. Perdi um jogador de chegada à área. Posteriormente eu perdi o Gilberto, logo depois, também por cansaço, tive que tirar o Daniel. A caracterização da equipe me forçou a mudar a estratégia. Se tinha Lucas Araújo, Patrick e Edson, e não mais Patrick, Daniel e Thaciano, fatalmente a nossa construção ficaria comprometida. Fomos reativos, descemos as linhas de marcação, nos defendemos muito bem.
Veja outros trechos da entrevista de Dado Cavalcanti:
Por que manteve Thonny Anderson e tirou Rossi?
– Acho que foi importante a presença dos dois pela característica física de ambos. Jogo contra o Ceará nos dá um embate maior dentro de campo. Thonny é um jogador que escora, segura, gira com facilidade. Jonas é um volante de mais combate. A permanência de Thonny se deu pelo pedido do Rossi para sair. Antes seria o Thonny, mas o Rossi pediu.
Thonny Anderson no lugar de Rodriguinho
– Pela caracterização de jogo, para mudar menos o desenho, por ser um jogador que faz a função parecida, meia de origem, joga mais entre linhas. Entendi que mexeria o menos possível com a presença do Thonny.
Postura diferente contra o Inter
– Temos jogadores que são tecnicamente importantes. Rodriguinho é decisivo. Conti é um dos zagueiros mais técnicos do Brasileiro. Patrick é extremamente técnico. Temos esse time que é técnico, mas quando esses jogadores não conseguem render 100%, a gente perde muito. As entradas, valorizar quem entrou que nos deu um gás a mais, principalmente nas disputas. O campo não está bom, isso condiciona a bola a estar cada vez mais viva. Com o time um pouco mais intenso em disposição, em gás, em agressividade, acho que ganhamos muito com isso hoje.