A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) divulgou aos filiados relatório de como cada federação deve dividir as vacinas contra a covid-19 que receberão para imunizar jogadores, treinadores e funcionários. Segundo informações do ‘UOL Esportes’, o plano, ao qual o blog teve acesso, prioriza doses para membros de delegações das dez seleções que disputarão a Copa América e dos 64 clubes participantes das Copas Libertadores e Sul-Americana, mas prevê também vacinas para times masculinos e femininos da divisão de elite de cada país e árbitros.
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A confederação obteve doação de 50 mil doses do laboratório chinês Sinovac, que em contrapartida, como revelou o jornal argentino La Nación, entrará como patrocinador da Copa América da Argentina e da Colômbia, entre junho e julho. Cada federação terá direito a cinco mil doses, que deve seguir esse roteiro prioritário de aplicação (exemplo válido para a CBF):
Seleção Brasileira: Máximo de 70 pessoas vacinadas, entre jogadores, membros da comissão técnica e funcionários que estarão na Copa América. A CBF precisou enviar uma pré-lista de convocados, com 50 atletas, à Conmebol como já previa o regulamento da competição. Mas a Conmebol informou que se a confederação quiser, e puder, poderá imunizar qualquer um desses 50, mesmo que depois o jogador seja cortado e não apareça na lista final de 23 nomes que Tite divulgará nas próximas semanas.
Clubes participantes da Libertadores e da Sul-Americana: Máximo de 70 pessoas vacinadas entre os clubes que estão nas Copas, sendo obrigatoriamente até 50 jogadores inscritos e o restante membros da comissão técnica e funcionários que normalmente viajam para as partidas.
No caso do Brasil são 14 times: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Fluminense, Atlético-MG, Santos e Inter na Libertadores e Ceará, Corinthians, Athletico, Bahia, Atlético-GO, Bragantino e Grêmio na Sul-Americana.
Clubes da Série A: Máximo de 50 pessoas vacinadas: 30 jogadores e 20 funcionários (comissão técnica incluída). Excluindo os 14 participantes dos torneios da Conmebol sobrariam para receber essas doses os profissionais de América-MG, Juventude, Cuiabá, Fortaleza, Sport e Chapecoense. Clubes da Série A-1 do
Brasileiro Feminino: 50 pessoas de cada um dos 16 times participantes da edição 2021 poderiam ser vacinadas: 30 jogadoras e 20 funcionários.
Mas essas vacinas serão dadas no Brasil? A vacinação em si depende da legislação de cada nação. No Brasil, por exemplo, a CBF avisou a Conmebol que não deve conseguir usar as vacinas dentro do país, já que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que, se as doses da Conmebol entrarem no Brasil, deverão ser enviadas imediatamente ao governo federal, como determina a lei.
Há também questão de aprovação, pois apesar de ter sido produzida pela Sinovac, o mesmo laboratório que faz a CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan, a Anvisa desconhece se o material é o mesmo aprovado para uso emergencial no Brasil, ou seja, que só pode ser usado por grupos de risco como idosos, profissionais de saúde, de segurança e educação e pessoas com comorbidades.