Após sucessões de resultados vexatórios, o Bahia fechou o primeiro trimestre de 2019 com a demissão de Enderson Moreira. Para a torcida, a decisão foi demorada. Em entrevista à Rádio Metrópole FM, o presidente Guilherme Bellintani avaliou o trabalho desempenhado pelo técnico e explicou a demora para optar pela demissão
Enderson foi demitido ontem, um dia após o vexame da eliminação do Nordestão para o Sampaio Corrêa, quando perdeu pelo time maranhense por 1 a 0.
“A gente queria uma conversa dele com os jogadores, com Diego Cerri e comigo. O bom tratamento das pessoas no futebol e nas relações humanas. Ontem mesmo, após o desligamento, já iniciamos os trabalhos. Mas com cautela, pode ser algo que reflita no Bahia na temporada e, talvez, nos próximos anos”, acrescentou o presidente.
Bellintani apontou Zé Ricardo como um dos principais desejos dele para a equipe. “De vários treinadores, sinto muita identidade dele com o Bahia. É um cara estudioso, joga para frente e é estudioso. Mas é um treinador empregado, está no Botafogo. É um estilo que interessa, mas que está empregado e não vem para o Bahia”.
Perfil para novo treinador
“Infelizmente ainda vemos nomes de treinadores muito desejados pela torcida, mas que às vezes veem o Nordeste e clubes como o Bahia, que passaram muito tempo fora do eixo principal do futebol brasileiro, como uma posição de menor importância para ele. Eu não quero trazer um treinador que não ache que o Bahia está à altura dele. Preciso trazer um treinador que saiba do tamanho do Bahia. Vamos buscar um treinador que queira treinar o Bahia e que esteja à altura do nosso clube também, é lógico. Mas talvez não seja quem a torcida imagina. Às vezes esse cara está de olho no Flamengo, Corinthians, São Paulo e olha o Bahia como uma coisa secundária. Não posso trazer um treinador que veja o Bahia como a décima opção. Assim eu também não quero”.