O técnico Mano Menezes não gostou da produção ofensiva do Bahia na partida contra o Melgar-PER, disputada nesta quinta-feira, no estádio Nacional de Lima. Com um gol contra de Nino Paraíba, a equipe foi derrotada por 1 a 0, no jogo de ida da segunda fase da Sul-Americana.
“Esperava um rendimento ofensivo melhor, porque, mesmo com estratégias diferentes nos dois tempos, quando tivemos a posse e controle do jogo, criamos poucas oportunidades. Fomos concluir a gol com certo perigo aí aos 38, 40 minutos do segundo tempo. Pouco para uma equipe que quer construir a vitória. Você precisa transformar essa posse, que foi mais eficiente no segundo tempo, em chances de gol. Tivemos dificuldade para criar; não estivemos em uma noite feliz em termos de criação. A ideia de formação. Na primeira parte, jogamos com Ramon lugar de Daniel. Mesmo quando Daniel entrou, nosso armador, joga mais próximo dos atacantes, a gente não conseguiu criar de forma lúcida para transformar isso em oportunidades claras de gol”, disse o treinador.
Por que Ramon e não Daniel?
– Jogos por torneios sul-americanos criam uma dificuldade para você como visitante na primeira partida. Naturalmente, o Melgar queria nos impor mais pressão, criar oportunidades para fazer o resultado. Futebol são escolhas. Daniel não tem tanta força física para a primeira parte do jogo. Entendíamos que a primeira parte seria mais disputada. Queríamos dar a ele a segunda oportunidade, um jogo mais técnico, mais espaçado, para que a qualidade técnica que ele tem desse condições à equipe. Mas não vou dirigir as dificuldades que temos para um ou outro. Não é isso o importante. A equipe precisa saber se portar em várias maneiras de jogar, em várias circunstâncias de jogos que teremos pela frente. Teremos que reverter a situação. Quando sofremos o gol, estávamos com uma equipe ofensiva. Eles conseguiram um gol de contra-ataque que, naquela hora do jogo, você não pode mais ceder. Talvez tenha sido nosso erro, controlamos, empurramos eles para trás, mas cedemos dois contra-ataques, um antes. E, no gol, tivemos pouco de infelicidade, porque o Nino acabou empurrando a bola para dentro. Mas a jogada se desenhou antes. Faltou experiência, maturidade da equipe, para saber que você vai buscar a vitória, mas não por ceder espaços para contra-atacar.
Por que não repetiu o time do 2º tempo contra o Atlético-MG?
– Porque era outro jogo, outra circunstância. Os jogos não são iguais. Outro torneio, outro regulamento. Aquela circunstância, aquela formação, serviu para aquele momento. Talvez possa servir no jogo de volta, quem sabe, porque precisamos reverter o mesmo 1 a 0 que tivemos que reverter do Atlético-MG. São jogos diferentes. Por isso, escolhas diferentes.
Dificuldade para contratar
– São perguntas repetidas, porque estamos próximos de encerrar as inscrições do Campeonato Brasileiro. No início de novembro, teremos a finalização disso. Mas não vamos discutir contratação em público. Não tem sentido. Muito menos em cima de derrota, que pode parecer algo desconectado com aquilo que pensamos e filosofia que conduzimos trabalho.