A briga do Flamengo por transmitir o jogo de ontem (8) contra o Fluminense pela Taça Rio, a qualquer custo, em sua própria televisão irritou até mesmo os clubes que estão a favor da medida provisória 984 editada pelo presidente Jair Bolsonaro, que dá o direito de transmissão para o mandante da partida.
Na visão de clubes como Bahia, Athletico, Coritiba, Palmeiras, Santos e outros, a postura do Flamengo precisava ser a de um líder de um movimento que tenta mudar a história dos direitos de transmissão no país, enquanto a realidade tem sido de uma atitude imediatista e individualista.
Ainda de acordo com a visão dos clubes, a atitude flamenguista reforça o argumento dos que dizem que o Brasil ainda não está preparado para esta medida provisória e dá eco ao discurso dos que afirmam que a mudança na lei dividiria ainda mais os clubes do país, em vez de uni-los.
Em interação no twitter, o presidente do Bahia Guilherme Bellintani lamentou a postura do Flamengo.
“O que está acontecendo hoje não tem nada de união. Hoje foi um dia de desunião e feridas. Muito triste. Mas a MP não é culpada por isso. A culpa é justamente da falta de cultura de coletividade”, disse Bellintani.
Para Bellintani, se a MP virar lei a tendência é que haverá mais união entre clubes Brasileiros.
Se a MP virar lei, haverá união. Com todos que quiserem ir além dos interesses de curto prazo. https://t.co/pHPcwtVnjt
— Guilherme Bellintani (@gcbellintani) July 9, 2020