Após 35 anos, o Esquadrão de Aço, primeiro representante brasileiro na competição, voltará a disputar o torneio das Américas
Após se consagrar campeão brasileiro com a Taça Brasil de 1959, o Bahia se classificou para a primeira edição da Copa Libertadores, em 1960, se tornando o primeiro time brasileiro a disputar a competição.
O Tricolor Baiano esteve em três edições do torneiro, participando pela última vez em 1989, quando fez sua melhor campanha e alcançou as quartas de finais, caindo para o Internacional. Ao todo, foram 14 jogos disputados no campeonato, gerando seis triunfos, cinco empates e três derrotas.
Se passaram 35 anos desde a última vez que o Esquadrão entrou em campo pela competição realizada pela CONMEBOL. Porém, em 2025, esse hiato ganhará um ponto final, com a classificação para a Libertadores garantida no triunfo contra o Atlético Goianiense, no último domingo (08).
Depois de um Campeonato Brasileiro de altos e baixos, principalmente no segundo turno, o Bahia deixou para carimbar o acesso para a competição na última rodada.
Com mais de 48 mil torcedores presentes na Arena Fonte Nova, o time baiano venceu o Atlético-GO por 2×0 – com gols de Thaciano e Lucho Rodríguez e grande atuação do goleiro Danilo Fernandes – e conseguiu comemorar a tão sonhada classificação para o torneiro.
Relembre agora o retrospecto do Esquadrão na Liberta.
Copa Libertadores de 1960
Marcando a estreia de times brasileiros na Libertadores, na época ainda chamada de Copa dos Campeões da América, o Bahia chegou na competição vindo da conquista do seu primeiro título brasileiro, a Taça Brasil de 1959, ganhando do Santos de Pelé.
Realizada entre 19 de abril e 15 de maio, a fase inicial contava com três grupos compostos por duas equipes, com o melhor de cada um se classificando para as semifinais. Foram sete times ao todo, disputando a competição.
Integrante do Grupo 1, o Tricolor Baiano enfrentou o San Lorenzo, da Argentina, em partidas de ida e volta. O primeiro jogo, disputado em Buenos Aires, o Bahia foi derrotado por 3×0 com gols de Rossi, Ruiz e Sanfilippo.
Já no jogo da volta, na Arena Fonte Nova, o Esquadrão ganhou por 3×2 com gols de Carlitos, Flávio Santos e Marito, mas mesmo com o resultado positivo, o placar agregado era de 5×3 para o San Lorenzo e o tricolor baiano foi eliminado.
Apesar de ter sido o algoz do Bahia na Libertadores de 1960, marcando gols nas duas partidas, José Sanfilippo jogou pelo Esquadrão entre 1968 e 1971, conquistando os Campeonatos Baianos de 1970 e 1971.
Copa Libertadores de 1964
Mesmo não sendo o campeão brasileiro do ano anterior, o Bahia conseguiu se classificar para a Copa dos Campeões da América de 1964. Como o Santos era o atual campeão da Libertadores, vencendo a edição de 1963, o time paulista já estava automaticamente classificado para o ano seguinte.
Ainda 1963, o time de Pelé se consagrou campeão brasileiro vencendo as finais por um placar agregado de 8×0 contra o Bahia. Com o time paulista já garantido na competição, o Esquadrão se classificou como vice-campeão do Campeonato Brasileiro de 1963.
A segunda participação do Tricolor Baiano na libertadores foi a mais curta entre todas as aparições. O Bahia caiu ainda na Fase Preliminar, após enfrentar o Desportivo Itália, da Venezuela, em dois jogos.
Disputado em Caracas, o primeiro jogo terminou em um empate de 0x0. No segundo, o Desportivo Itália ganhou de 2×1, com Vevé marcando o único gol baiano na competição daquele ano.
Copa Libertadores de 1989
Conquistando a classificação para a competição da CONMEBOL, através da conquista do Bi-Campeonato Brasileiro de 1988, o Bahia entrou na Libertadores de 1989 e fez a sua melhor campanha.
Na Fase de Grupos, o Esquadrão liderou o Grupo 2 com 10 pontos, entrando na zona de classificação para as oitavas de final (passavam três de cada grupo). O primeiro jogo foi uma repetição da final do brasileiro de 1988, entre Bahia e Internacional. Com gols de Gil Sergipano e Zé Carlos, o tricolor venceu por 2×1.
Na sequência, o Bahia empatou com o Marítimo, da Venezuela, em 0x0, e com o Deportivo Táchira, também da Venezuela, em 1×1 com Gil Sergipano garantindo o empate. Mais uma vez contra o Internacional, o time baiano triunfou por 1×0 com gol de Charles Fabian.
Pra fechar a Fase de Grupos, o Esquadrão venceu por 3×2 o Marítimo, com dois gols de Charles e um de Osmar. Por fim, goleou o Deportivo Táchira por 4×1, na Fonte Nova, com dois gols de Charles, um de Osmar e outro de Zé Carlos.
Nas oitavas de final, o Bahia enfrentou o Universitario, do Perú, em jogos de ida e volta. No primeiro, jogando fora de casa, o Tricolor empatou em 1×1 com gol de Osmar na metade do segundo tempo. Já no jogo de volta, ao lado de sua torcida, o Esquadrão venceu por 2×1 com gols de Marquinhos e Charles Fabian, garantindo a classificação para a próxima fase.
O Bahia se despediu da Libertadores de 1989 nas quartas de finais, jogando contra o Internacional. No primeiro jogo, o tricolor foi derrotado fora de casa pelo placar de 1×0. Na decisão, jogando em casa, o empate deu a classificação para o time gaúcho e o Bahia, comandado por Evaristo de Macedo, caiu.
Expulso no último jogo, Charles Fabian acabou a competição na 3ª colocação da artilharia da edição de 1989, com 7 gols. Osmar (3 gols), Gil Sergipano (2 gols), também foram destaques na artilharia.
Copa Libertadores de 2025
O retorno do Bahia na competição está previsto para 19 e 26 de fevereiro, participando da segunda fase da Pré-Libertadores. O adversário e local das partidas ainda serão decididos, em sorteio.
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