O Bahia foi derrotado por 3 a 2 pelo Flamengo na tarde deste sábado (13) na Arena Fonte Nova. Apesar do tropeço em casa, o técnico Renato Paiva disse estar orgulhoso do desempenho do time, “Poderia resumir com uma palavra: orgulho”, disse.
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A declaração do treinador tem contexto. O Bahia terminou a partida com dois jogadores a menos e com muitas reclamações da arbitragem. O jogadores, vaiados no intervalo, receberam apoio da arquibancada depois do apito final.
– Acho que a torcida deve estar muito orgulhosa do trabalho dos jogadores. Obviamente com erros, sabemos onde erramos, outra vez os erros pontuais nos penalizaram em relação ao adversário. Em 23 anos de treinador, esse foi o jogo que mais me orgulhou ser treinador de uma equipe. Agradecido porque me fizeram sentir muito orgulhoso. Cometemos erros nas bolas paradas, mas estivemos sempre no jogo. Com 2 a 0, nunca senti o jogo perdido, com 3 a 1 não senti o jogo perdido e com 3 a 2 senti que iríamos fazer o terceiro. Senti o Bahia inteiro e muito melhor que o Flamengo no 3 a 2. Acho que a minha equipe foi muito coletiva, solidária, cada vez mais solidária com as expulsões – completou o treinador.
Ao ser questionado sobre a arbitragem, o treinador evitou render o assunto, mas cutucou Gabriel Barbosa, atacante do Flamengo. De acordo com Paiva, o jogador simulou o lance que gerou a expulsão de Kanu.
– Nos meus 23 anos de carreira, nunca falei de arbitragem. É uma profissão muito difícil. Hoje temos o VAR, verdade. Mas também é verdade que o VAR não pode interferir no lance do Kanu. A única coisa que, de fato… Nós falamos de fairplay. Um jogador como Gabigol, referência no Brasil, simular uma pancada na cara quando a pancada é no braço, fico assim, porque, se um dia um jogador do Bahia fizer isso… É meu jogador e posso dizer. Para o Brasil inteiro, não fica bonito. Expulsa um colega do campo – comentou o técnico do Bahia.
Escalação
– David, porque vinha fazendo uma sequência de jogos grandes. E entendi que Vitor Hugo vem de doença, fez um jogo completo em Santos e já com níveis físicos complicados na parte final. É um jogador com muita experiência e, jogando por dentro, ia cansar menos. Esse tipo de descanso que queremos fazer. Nico, porque sentia que, na análise que fizemos ao Flamengo, com Yago e Thaciano iriamos ter mais posse e com o espaço que o Flamengo dá poderíamos fazer jogadas como fizemos no primeiro gol
Problemas na defesa
– Jogamos contra uma equipe que tem individualidades do melhor nível no Brasil e muitas a nível mundial. Complicado manter 1 a 0 sem que outros tenham oportunidades. Não é uma vitória, mas é importante: de bola corrida, com 11 contra 11, praticamente não nos geraram problemas. E os detalhes da bola parada. Hoje foram três bolas paradas, uma de pênalti. As outras eram evitáveis. Pesa número de gols sofridos porque estávamos equilibrados, mas, num jogo onde você não joga e o adversário joga, arrisca a perder por 3 a 0 e ser goleado. Nos aconteceu. Tem que servir de lição. Hoje é um passo à frente do que aconteceu em Santos. Quarta teremos direito de resposta e espero que deem resposta efetiva na quarta e depois, contra o Goiás, no sábado aqui. Temos que trabalhar defensivamente, acabamos numa linha de 4 com Ryan esquerda, que não jogava há tempo, jacaré na direita, adaptado a linha de 4. Também competente. No fim, acaba com Thaciano e Nico de zagueiros. Temos que continuar trabalhando para que os detalhes nos ajudem e a gente comece a marcar mais gols e sofrer menos.
Impacto do jogo para sequência
– Em termos motivacionais, espero que impacte de forma forte no grupo. Têm que ter consciência do mal que fizeram na quarta, e eu também, e do bom que fizeram hoje. Se há um crescimento de quarta para hoje, temos que aproveitar esse crescimento. Aproveitar o que fizeram de fantástico no campo, de organização, não deixar de ser equipe. Agora tem o impacto físico. Quarta tem outro jogo. Acabamos com nove. Estou muito curioso para ver o GPS do Thaciano e do Jacaré. Vitórias morais não há, mas o Bahia foi melhor que o Flamengo do 1º ao 90º minuto. Menos nas bolas paradas.
Entrada de Ryan e análise tática
– Isso é o trabalho que fazemos quando podemos, diariamente. Ryan só joga hoje o que joga por ter sido um menino que tem trabalhado. Chávez e Bahia têm jogado. E ele continua ali. Ele sabe que tem um treinador que olha os meninos. Hoje não tive dúvidas. Jogou o Bahia de início. Entrou o Ryan e fez um bom jogo. Me surpreende, pelo impacto de jogar numa Fonte Nova contra o Flamengo. Resposta extraordinária, me deu mais uma dor cabeça positiva. Mudança para o 4-3-3, quando você sente que precisa de algo na frente e por um médio ou um jogador mais à frente. Jogo com linha de três porque ainda não estamos preparados para encarar jogos de peito aberto com linha de quatro. Como muita gente pediu linha de 3 antes e eu dizia que não podia pôr, eu neste momento não conseguiria pôr a linha de três, agora sinto que linha de 4 tem que ser trabalhada. Estamos trabalhando 4-3-3 e 3-4-3. É alternativa que me dá, mais um no meio ou mais um na frente, sabendo que não vou expor atrás. Porque Jacaré é uma adaptação numa linha de quatro, um lateral numa linha de quatro tem missões diferentes do que tem um ala no sistema de 3 zagueiros. Tenho que ter a preocupação de equilibrar numa linha de 4, não pode entrar no segundo pau; tem que ter domínio da linha. São coisas táticas que vamos trabalhando. Pode ser que Jacaré consiga assumir também uma linha de quatro. E quando sentimos que uma linha de quatro… seja quem for… Vou avaliar o Rezende. Quem não sabe onde ele joga vai dizer que é zagueiro. Estes detalhes vamos fazer com progressão. Agora vou recuperar. Dois dias. Vídeo. Depois, teremos uma semana inteira, mais um momento para sedimentar outras coisas, para que o Bahia seja versátil. possa responder aos esquemas. Quero uma equipe equilibrada que consiga ser ofensiva e defensiva.
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