O Bahia venceu o Camboriú por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, e garantiu vaga na terceira fase na Copa do Brasil. No Estádio das Nações, o Tricolor foi pressionado, mas contou com golaço do atacante Biel, ainda no primeiro tempo, para avançar.
Você conhece o canal Bahiaço no Youtube? Clique e se inscreva!
Siga o Bahiaço também no Instagram
Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Renato Paiva avaliou que o time alternou bons e maus momentos, com mais dificuldade no segundo tempo.
– Dizer que a primeira parte foi mais ou menos da nossa parte. Tivemos alguns momentos bons. Poderíamos ter feito mais gols, não fizemos. Deixamos o jogo andar para frente. E o Camboriú a ganhar alguma esperança no segundo resultado. E a segunda parte é para esquecer. O Camboriú fez um grande jogo. E nós não fizemos um grande jogo e deveríamos ter feito um bom jogo pelo menos. Não adianta falar de nada. Deveríamos ter dado continuidade a momentos da primeira parte e não demos. O que salva é a qualificação e o que os jogadores transpiraram. E dar os parabéns ao Camboriú – avalia o técnico.
Paiva também explicou as quatro mudanças no time titular, com entradas de Cicinho, Chávez, Acevedo e Everaldo nos lugares de André, Matheus Bahia, Rezende e Ricardo Goulart.
– As mudanças, a questão é que já jogamos semifinal do Baiano no sábado. Viagem longa ontem, viagem longa amanhã. É refrescar. Nas laterais, no nosso estilo de jogo, tem muito ir e vir. Então refrescá-los e não perder nenhum para essa sucessão de jogos. E o Rezende é um jogador com histórico de lesões. Então decidimos poupar um pouco o Rezende – diz.
Veja abaixo outros trechos da entrevista de Renato Paiva
Mensagem a Evaristo de Macedo
– O futebol é feito de pessoas e para pessoas. Quero mandar um abraço para o professor Evaristo de Macedo pela perda do seu filho. Não há nada mais horrível nesta vida que perder um filho. É desejar força para continuar nesse momento difícil.
Dificuldade com modelo de jogo
– Não dificulta. Continuo a fazer o meu trabalho da mesma maneira. Faço com meu corpo técnico, com muitas horas no clube e em casa. Pode não se ver os resultados ainda. Mas estamos conscientes do que estamos a trabalhar, do que estamos a fazer por cada jogador a nível individual e coletivo. Não há tempo para treinar. Agora vamos ter quatro jogos seguidos. Vamos treinar um dia entre cada jogo. Obviamente que a torcida tem sua posição. Mas não é só a do Bahia, mas no Brasil. Faz parte. Trabalho de dentro para fora e não de fora para dentro. Estou no dia a dia com os jogadores. Não posso ser influenciado de fora para dentro. Se eu perguntar aos torcedores os titulares, vão me dar dez, onze titulares diferentes. Imagina se eu fosse trabalhar dessa forma.
Defesa jovem do Bahia
– É o crescimento em andamento, sem treino. Não sofremos gols hoje, mas demos oportunidades ao Camboriú. Nós concedemos oportunidades demais. Nossa linha trabalhou bem. Nós temos muita paciência porque percebemos de onde vem cada um. Cada um com trajetória muito curta no futebol.
Interesse em Marinho
– Sobre esse tema, só falo dos jogadores que fazem parte do elenco por respeito aos jogadores. Entendo a curiosidade, mas não posso falar de um jogador que não está no grupo.
Mais difícil que trabalho no Independiente del Valle?
– Sim, porque, no Del Valle nós chegamos com o projeto implementado. A filosofia do clube estava implementada. A única coisa que alteramos, enquanto equipe técnica, foi o sistema. Jogavam em 4-3-3 e depois decidimos que o melhor era jogar com três zagueiros. E a partir daí foi sempre a crescer. Mas o sistema era só um detalhe na filosofia. Agora se viu com o Flamengo, São Paulo, dois gigantes que não conseguiram, em momento nenhum, serem superiores ao Independiente. É um trabalho com estrutura, e uma linha. Tem menos torcida, é verdade. Mas eu acho que as pessoas no Independiente trabalhariam da mesma forma com com torcida. Estão aí os resultados. Todos os grupos do City, vejam a data que foram comprados e o momento do primeiro título. Façam isso. Na Austrália, Nova York, Manchester City. Façam só isso. A data da aquisição, o que era para trás e depois para frente. No caso do Manchester City foram três anos. E não foi campeonato, foi taça. Isso significa que há uma filosofia. E ninguém vai ensinar o Grupo City a montar clube e montar gestão. São dez ou doze, creio eu. Se perguntarem se o ambiente do Brasil é um ambiente para isso, isso é uma outra questão. Isto é filosofia de trabalho de um grupo que tem entendimento de sucesso não só em conquista de títulos, como também na produção de jogadores. Tudo na base da paciência, do trabalho, calma, estrutura e sabedoria.
Siga o Bahiaço no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão.
LEIA TAMBÉM
- Danilo Fernandes renova com o Bahia por mais uma temporada
- Bahia registra a quarta maior média de público da Série A e a maior do Nordeste em 2024
- Quatro jogadores deixam o elenco e se despedem do Bahia
- O pioneiro voltou: Relembre o retrospecto do Bahia na Libertadores
- Bahia inicia preparação para enfrentar o Atlético Goianiense no Brasileirão