A International Board, órgão que regula o futebol mundial, marcou uma reunião para esse fim de semana, em Londres, para discutir algumas sugestões para melhorar a dinâmica do jogo, em especial o tempo de bola rolando nas partidas.
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A Copa do Mundo do Catar, no fim do ano passado, ficou marcada por uma tentativa inusitada de recuperar o tempo perdido, com os árbitros indicando acréscimos próximos ou em alguns casos superiores aos dez minutos.
A modificação mais impactante em pauta é a possibilidade do cronômetro ser interrompido sempre que a bola não estiver em jogo, ou seja, quando houver faltas, impedimentos, laterais, tiros de meta, escanteios e gols. Nesse caso, o tempo total de jogo, apenas com a bola rolando, seria reduzido, provavelmente para dois tempos de 30 minutos.
Outra sugestão que será analisada, feita pelo diretor de desenvolvimento da Fifa, o ex-técnico francês Arsene Wenger, é que o jogador atacante não esteja mais em impedimento se tiver qualquer parte do corpo na mesma linha do penúltimo defensor.
Final da Copa de 2022 inspira duas mudanças
Algumas alterações na regra já estão aprovadas e entrarão em vigor na próxima temporada europeia, ou seja, a partir de junho deste ano. Duas delas foram motivadas por situações ocorridas na final da Copa de 2022, quando a Argentina conquistou o título vencendo a França nos pênaltis, após empate em 3 a 3.
– O quarto árbitro poderá auxiliar o árbitro principal da mesma forma que os assistentes de linha já fazem atualmente. Mas a decisão final continuará sendo do juiz de campo.
– Para diminuir o tempo perdido, as comemorações de gol, muitas vezes exageradas, passarão a ser levadas em conta pelo árbitro no momento de considerar os acréscimos (mudança que se tornará eventualmente desnecessária se for aprovado o “cronômetro parado”).
– Gols marcados com a presença de jogadores reservas no campo de jogo, apenas quando não houver interferência destes na jogada, serão permitidos. Na Copa do Mundo do Catar, houve pelo menos um caso que chamou a atenção: na decisão, alguns reservas da Argentina, empolgados com o lance que resultou no terceiro gol, marcado por Lionel Messi, na prorrogação, pisaram no gramado antes do camisa 10 concluir a jogada. Franceses reclamaram que, pela regra, o lance deveria ter sido anulado, mas as circunstâncias foram consideradas. Para não haver mais necessidade de interpretação, a invasão sem consequência para o lance passará a ser permitida.
– Goleiros não poderão mais fazer jogos psicológicos com os cobradores nas disputas de pênaltis, um comportamento que ficou famoso na final da Copa do Mundo graças ao goleiro argentino Emiliano Martínez, que tentou desestabilizar os batedores franceses. Não será mais permitido distrair os cobradores, nem atrasar a batida batendo os pés ou as mãos nas traves ou ficar ajeitando as redes.
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