O técnico Mano Menezes concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (13) e comentou sobre a polêmica envolvendo a arbitragem na última partida contra o Fluminense. O treinador confessou que se exaltou e pediu desculpas.
“Peço desculpas, não quero deixar transparecer que isso é correto. Não é correto. Um técnico com a minha trajetória tem que saber que mesmo em momentos difíceis, em momentos que você pode achar que está certo, o limite da educação não pode ser ultrapassado, e eu ultrapassei esse limite. Peço desculpa por isso”, continuou Mano.
Mais calmo, o treinador reconheceu que ultrapassou o limite e pediu desculpas pelas palavras proferidas durante o jogo.
“Quero deixar uma coisa bem clara. Embora eu não tenha ido ao campo ao término de jogo para reclamar com a arbitragem, fui com o primeiro intuito de tirar os jogadores, tanto que a minha observação é para um jogador nosso, que é o Elias, a captação da fala que tive em relação ao episódio mostrou um descontentamento e uma reclamação indireta sob os fatos que tinham acontecido. Quero pedir desculpas pelo palavreado utilizado, acho que não é adequado em nenhuma circunstância, mesmo quando você estiver certo ou errado. Penso que há um limite para as coisas e eu ultrapassei esse limite”, disse Mano durante entrevista na Cidade Tricolor.
Ainda sobre o tema, Mano Menezes analisou a colocação do microfone próximo da área técnica durante as partidas. Na visão dele, com os estádios vazios por conta da pandemia do novo coronavírus, as conversas entre treinadores e jogadores acabam sendo captadas mais facilmente e expondo situações que acontecem nos jogos, mas que são internas.
“Eu penso que se valoriza demais isso no Brasil. Vejo na Europa, que é a grande referência nossa. Vamos usar a Premier League, muitas vezes o treinador faz referências ríspidas, mas não vejo o microfone logo embaixo do técnico, o que talvez surgiu até como uma boa ideia para demonstrar o trabalho do técnico, mas ao mesmo tempo torna público diálogos que não são tão bonitos, que são da linguagem do futebol e considerados mais normais. Penso que a gente poderia repensar isso. Ao mesmo tempo que o estádio vazio, o som dessa fala se torna mais audível de forma geral. Ficou um ambiente menos agradável e podemos repensar esse microfone pois não traz benefício nenhum”, disse ele.
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