O presidente Guilherme Bellintani comunicou nesta segunda-feira (31) a permanência do técnico Roger Machado no comando do Bahia. Através do Twitter, o mandatário tricolor explicou o entendimento da diretoria e revelou que a decisão foi tomada após uma série de situações avaliadas.
De acordo com Bellintani, a diretoria traçou uma meta de pontuações de seis em seis partidas. Para o presidente, a meta é a chegada na Libertadores. Além disso, “liderança do treinador, respeito do grupo e envolvimento dos atletas com o projeto e competitividade nos jogos” serão fatores avaliados.
Confira abaixo o comunicado do presidente Guilherme Bellintani:
- Um papo reto, aberto e franco com você, torcedor do Bahia. Há inúmeros motivos para o “Fora Roger”. Há frustrações compreensíveis. Todos nós sabemos que podemos e merecemos mais.
- A decisão mais fácil para a diretoria e mais aplaudida pela maioria da torcida seria trocar o treinador ainda antes do início do Brasileirão. Um alívio de curto prazo e muitos tapinhas nas costas. Pensamos seriamente nisso, até porque a troca não seria uma decisão absurda.
- Após o título estadual, analisamos uma série de fatores e, diante do cenário levantado, com todas as informações e contextos avaliados, decidimos continuar com Roger. Conversamos muito, debatemos os problemas, reconhecemos os erros, defeitos e tb os pontos positivos.
- No início do Brasileirão, traçamos uma meta de pontos a cada grupo de 6 jogos. Essa projeção nos coloca com chances reais de Libertadores e foi o parâmetro que escolhemos para avaliar o trabalho do treinador e dos atletas, evitando inclusive análise isolada jogo a jogo.
- Além da meta de pontuação, passamos a valorizar ainda mais questões como liderança do treinador, respeito do grupo, envolvimento dos atletas com o projeto e competitividade nos jogos (deixar o máximo em campo). Isso também é importante e é uma análise que fazemos dia a dia.
- No momento em que percebermos que algum desses elementos está ameaçado, faremos mudanças. Se os requisitos citados estiverem sendo alcançados, entendemos que o certo é dar sequência ao trabalho que, com as metas atingidas, pode se tornar histórico para o clube.
- Todos os clubes têm apresentado dificuldade técnica, tática e física nessa retomada do futebol – jogos com intervalos de três dias, após quatro meses de paralisação. Equipes com treinadores contestados e quase demitidos estão hoje em posições de dianteira no campeonato.
- Temos profundo respeito a quem pensa diferente, aos que tomariam outra decisão se estivessem em nosso lugar. Mas o que escrevi aqui para vocês é a síntese mais verdadeira do que acredito, com a alma de quem quer o melhor para o clube.
- Ser omisso para nós seria trocar o treinador sempre que tivéssemos um momento ruim da equipe. Segurar a pressão quando acreditamos ainda haver potencial pra evolução é uma escolha que requer firmeza. Não é teimosia, é decisão com base na avaliação de todo o cenário.
- Estamos trabalhando para sermos competitivos sempre (mesmo que nem sempre com o futebol mais vistoso), mantermos a meta de pontuação traçada no início do campeonato e termos um grupo de atletas envolvidos. Se isso não acontecer, estaremos preparados para mudanças.
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