Semanas após a rescisão contratual com a Globo, a Conmebol segue na corrida para fechar contratos com empresas para a transmissão da Libertadores e da Copa Sul-Americana para o mercado do Brasil, a partir do mês de setembro. Depois de procurar as quatro principais emissoras abertas concorrentes da Globo e também a Disney, a entidade bateu na porta de players digitais, marcando reuniões para esta semana.
Segundo informações do UOL Esporte, a executiva da entidade agendou conversas com o Facebook, o YouTube e a Amazon para conversar principalmente sobre os direitos da Copa Sul-Americana para o país. Mas jogos da Libertadores estarão na pauta. A ideia é reforçar a presença digital das competições e aproveitar o aporte financeiro que as gigantes da comunicação podem dar no torneio.
Dessas empresas, a que mais investe diretamente em eventos esportivos no mercado brasileiro é o Facebook. A rede social já comprou os direitos da Champions League e da própria Libertadores, e exibe ambos em parceria com a equipe da Turner – em 2019, a transmissão foi realizada pela equipe do Fox Sports. No caso do Facebook, a Conmebol fez a mesma pergunta que fez a Disney e questionou a rede social se ela gostaria de realizar um aditivo no atual contrato, válido até o fim de 2022, incluindo mais jogos. Mas para o YouTube e para a Amazon, adquirir torneios para o Brasil seria uma novidade bastante impactante.
O YouTube também adquiriu transmissões de competições de clubes recentemente. A plataforma de vídeos comprou os direitos de um jogo por rodada da Copa do Nordeste em 2019, e consegue bons números com a partida que mostra. O Youtube também exibe jogos apenas como retransmissora. Foi assim que a plataforma exibiu o jogo entre Flamengo x Fluminense, pela final da Taça Rio, em 1º de julho, que alcançou pico de 3,6 milhões de espectadores simultâneos.
Já a Amazon não está no mercado de direitos de transmissão no Brasil, mas já notou em outras partes do mundo que o nicho pode ser explorado. No Reino Unido, a empresa exibe 20 partidas por temporada da Premier League para assinantes desde 2018 – incluindo partidas de clubes grandes, como Manchester City, Liverpool e Manchester United. A Conmebol tem reuniões agendadas nesta semana com todas as empresas que procurou. A entidade conta com o auxílio da empresa IMG para fechar os acordos e tem pressa, pois teme que o mercado brasileiro fique sem acompanhar jogos das competições.
Mesmo tendo rescindido o contrato por causa da pandemia do novo coronavírus, a Globo também negocia com a Conmebol, por um valor menor do que pagava para os direitos de TV aberta e fechada. Antes de toda a situação, a emissora carioca tinha pelo menos 27 jogos exclusivos garantidos para o mercado brasileiro apenas na primeira fase, que retorna em 15 de setembro.