O polêmica envolvendo a programadora Turner e o futebol Brasileiro segue ganhando novos episódios. Isso porque, parte dos clubes que tem contrato exclusivo com o Grupo Globo para os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro se mobiliza para apoiar a emissora no que promete ser uma briga jurídica com a Turner e que tem como protagonista a Medida Provisória 984.
Segundo informações da UOL Esportes, o movimento deve tomar forma maior até o fim de semana, mas já há manifestações, inclusive públicas, de alguns dirigentes a favor da Globo.
Bahia e mais sete clubes da Série A do Campeonato Brasileiro têm contrato com a Turner para a transmissão de jogos em TV paga até 2024, mas a opção de acordo com a empresa causou algumas perdas, além de uma relação conflituosa atualmente, que piorou após o grupo suspender os pagamentos aos clubes durante a pandemia do novo coronavírus, ao contrário do que fez a Globo, que acertou os direitos de transmissão em TV aberta a pay-per-view, que propôs pagar um valor reduzido devido ao período sem jogos.
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O blog apurou que alguns clubes estudam até mesmo acionar judicialmente a empresa norte-americana caso transmita em TV fechada alguma de suas partidas sem ter contrato assinado.
A CBF divulgou nesta quarta-feira (22) a tabela detalhada até a décima rodada da Série A, que começa dia 8 de agosto (atraso de três meses por causa da pandemia do coronavírus). Na divisão dos jogos que serão transmitidos, a Turner enviou à entidade que pretende passar confrontos de times que têm sob contrato que atuarão como mandantes contra equipes que tem acordo com a Globo, baseado no texto da MP 984.
A regra anterior não permitia isso. Pela tabela divulgada, a Turner projeta exibir no canal a cabo TNT 13 partidas que tenha algum clube com contrato com a Globo, incluindo o clássico Santos x São Paulo e jogos de Vasco, Flamengo, Grêmio e Atlético-MG, todas equipes que têm acordo de exclusividade com a emissora concorrente para transmissão em TV fechada no SporTV.
A emissora carioca reagiu e avisou que acionará a Justiça para impedir isso, por entender que os contratos assinados têm que respeitar o que dizia a Lei Pelé antes da MP – que, inclusive, só tem validade até meados de outubro e caso não seja votada pela Câmara caduca e a regra anterior volta a valer.