Cria das categorias de base do Esporte Clube Bahia, o lateral-direito Daniel Alves concedeu entrevista ao jornal Correio e afirmou novamente o desejo em encerrar sua carreira do Esquadrão.
O Bahia é o clube do meu coração também, tudo começou lá. Foi de lá que eu fui para a Seleção, fui para a Europa, as pessoas começaram a me conhecer. Esse seria o sonho perfeito antes de parar: passar por lá para agradecer. Não prometo jogar muito, mas uns dois meses dá pra jogar, disse Daniel Alves.
No Bahia, Daniel Alves se destacou na base, mas demorou a conquistar o técnico do time profissional. Evaristo de Macedo precisava de um latera para suprir lesões de seu elenco num jogo contra o Paraná, em novembro de 2001, mas ameaçou improvisar um volante e um atacante na posição antes de, enfim, dar chance ao jovem, a quem chamava de Samuel.
Após deixar o Tricolor, Daniel Alves se transferiu para o Sevilla. O jogador comentou sobre sua adaptação na Europa:
“Eu não conhecia a cidade, não conhecia o idioma, mas fui bem recebido. Mas também tive muita dificuldade. No Bahia eu me destacava, mas não ganhava muito. Quando cheguei no Sevilla, o salário era baseado no que eu ganhava no Bahia, então passei muita dificuldade, mas que não tenho vergonha. Essas coisas ensinam, só quem vive sabe. Costumo dizer que não conto essas coisas para as pessoas sentirem pena de mim, mas com muita honra para as pessoas entenderem que as coisas não são fáceis, mas são alcançáveis. Eu sou roceiro com muito orgulho e conseguir tocar o nível mais alto de realização”, concluiu.