Após suspender o contrato referente aos direitos de transmissão, o grupo Globo enviou um comunicado aos clubes sinalizando o pagamento das cotas do PPV (pay-per-view), do Campeonato Brasileiro.
A emissora, no fim de abril, propôs o corte em três parcelas (abril, maio e junho) referente aos direitos de TVs aberta e fechada da Série A do Brasileiro. Os clubes não gostaram, negociaram, e se não cancelaram a diminuição nessas parcelas conseguiram algumas garantias, como o início do pagamento da cota do PPV para o dia 1º de julho, independentemente da data na qual o Brasileiro começará — como sabemos o torneio foi adiado em maio e a previsão otimista da CBF é somente para agosto.
Diferentemente dos contratos assinados para TVs aberta e fechada, que preveem uma parte (40% de um total de R$ 1,1 bilhão) repartida igualmente entre todos os participantes, o PPV é distribuído com base no número de torcedores de cada clube que assinam o pacote.
Havia apreensão de alguns clubes de que o pagamento pudesse ser postergado, principalmente depois da divulgação de que a Globo foi à Justiça para não pagar à Fifa uma parcela que vence nesta terça (30) pelos direitos de transmissão dos torneios da federação internacional alegando queda de receita por causa da pandemia.
Dos 20 clubes que disputarão a Série A em 2020, 17 têm contrato de PPV com a Globo. Somente Athletico, sem acordo desde o ano passado, e Coritiba e Red Bull Bragantino, recém-promovidos da Série B, não assinaram para essa plataforma e não têm direito a bolada que começará a ser paga essa semana.