O Bahia voltou a estampar os noticiários esportivos e desta vez ao lado de Fortaleza e Ceará, pela organização financeira, transparência e estrutura.
Segundo clube mais transparente e confiável em relação às finanças na atualidade. Os números são de um levantamento feito pelo GloboEsporte.com com base em documentações contábeis e financeiras que remetem a 2019 e 2020. No mesmo ranking, o Ceará é o sétimo e o Fortaleza, o nono.
Isso porque, nos últimos anos, cumprir com folga todos os itens do orçamento para a temporada, elevou receitas e fez novos investimentos em atletas e infraestrutura. Apesar dos resultados não tão bons em tempo, o clube segue galgando degraus importantes para crescer no cenário nacional.
O vice-presidente do Bahia, Vitor Ferraz explica que foi preciso modernizar a tradição do Tricolor. Destacando três pilares de gestão (profissionalismo, democracia e transparência), o vice-presidente do clube deixa claro que a retomada da confiança na diretoria e dos torcedores em um novo modelo foi decisivo para colocar novamente o Bahia em evidência no futebol nacional.
“O Bahia sempre teve protagonismo na Região Nordeste, embora tenha passado por alguns anos difíceis dentro e fora das quatro linhas. A partir do processo de intervenção judicial que ocorreu no clube em 2013, houve uma reestruturação organizacional para que o clube pudesse sair da grave crise (financeira e de credibilidade) em que se encontrava. A consistência dos resultados em campo somada à reorganização financeira fez com que o clube voltasse a ser a principal referência esportiva da região”, disse.
Por outro lado, o Ceará ostentou patrimônio recorde em 2019, de acordo com o presidente Robinson de Castro. Com o quinto superávit seguido, o Alvinegro registra um exemplo de gestão positiva. Em 2015 e 2016, o Vovô já havia registrado saldo positivo de R$ 738.103 e 500.335, respectivamente, nas contas. Em 2017 e 2018, ficou na ordem de R$ 3.193.660 e R$ 3.013.202. Em 2019, foram quase seis milhões de superávit.
Já o Fortaleza tratou de enterrar de vez os amargos oito anos de Série C e teve uma grande ascensão em campo. Após o acesso em 2017, emendou o título da Série B e a vaga na Série A. Permaneceu para 2020, além de conquistar títulos (Copa do Nordeste e Cearense) e a importante vaga na Sul-Americana.
NORDESTINOS NA SEGUNDA DIVISÃO
O Vitória é outro exemplo que tem destoado. Após o período de grande crescimento entre a década de 90 e a primeira década dos anos 2000, o Vitória tem sofrido estruturalmente nos últimos anos. Disputas políticas levaram a erros de gestão e à renúncia de dois presidentes. A instabilidade na vida administrativa do time refletiu no campo e nas finanças.
O Sport, entretanto, vai na contramão dos supracitados. Com endividamento crescente e faturamento em queda nos últimos anos, o clube que ascendeu à Série A na temporada passada vê com desespero suas dívidas aumentarem de maneira exorbitante em relação aos ganhos. O Leão da Ilha do Retiro, inclusive, não dá transparência em relação aos números. É o único clube da Série A a ter esse comportamento.