O time de transição do Bahia amassou o Jacuipense no primeiro tempo, abriu o placar, mas falhou nos momentos que encontrou para definir o triunfo. Com isso, foi castigado com um empate nos minutos finais.
Após o empate em 1 a 1 no Pituaçu, o técnico Dado Cavalcanti avaliou o desempenho de seus jogadores, elogiou o volume da primeira etapa, mas lamentou o desperdício de chances para matar o jogo. Por este motivo, avalia o resultado como justo.
“Nosso volume de jogo no primeiro tempo foi muito alto. Talvez o resultado tenha sido fiel ao que aconteceu em campo. Equipe que agrediu, mas não conseguiu fazer gol. Não conseguimos finalizar. Tivemos várias chances de matar o gol. Antes de fazer 1 a 0, tivemos oportunidade. Depois, criamos oportunidade. Começo do segundo tempo, nossa equipe voltou muito bem. Em cinco minutos, criamos três chances. Acredito piamente na condição de que deveríamos ser mais competentes quando tivemos a chance de matar o gol. Não matamos. Talvez pelo excesso de volúpia, agressividade, cedeu espaço ao adversário. Que começou a agredir a gente. Finalizamos o jogo num momento ruim. Foi justo quando tomamos o gol. Uma pena porque, quando estávamos melhores, podíamos ter matado o jogo e não conseguimos”, disse o técnico.
Dado também explicou os motivos que lhe fizeram recolocar Fernando como titular do gol, deixando Mateus Claus como reserva.
“A entrada do Fernando eu encaro como natural de uma atleta que foi cedido para a equipe principal, que retornou de uma sessão que fizemos. Na coletiva passada, fiz uma comparação e, lógico, guardadas das devidas proporções, como se um atleta nosso fosse convocado para uma seleção ou outra condição superior. Nessa pausa, Claus fez bons jogos. Mas o atleta que foi cedido retornou. Como eu não tinha feito uma troca técnica, entendi que o Fernando voltaria numa boa. Fazendo um parêntese, Fernando fez um bom jogo, boa atuação, participação efetiva em campo”.
Mudanças no setor ofensivo
“As modificações são inerentes à troca, independente do atleta, tem a presença de um, ausência de outro, talvez também houvesse essa mudança se fosse o Caíque, que tem características diferentes do Saldanha. Embora concorde com a afirmativa de que precisamos nos ajustar, não acho que isso tenha pesado para o resultado. Pelo volume do primeiro tempo, se guardássemos os gols, segundo tempo seria mais tranquilo, teríamos como administrar o placar com maior tranquilidade. Para mim, o peso maior do jogo foram as chances criadas que não aproveitamos”.
Ausência de Cristiano nos jogos
“A concorrência aumentou. Gosto muito dele, um garoto que eu botei embaixo do braço. Nos trabalhos, faço questão de dar uma atenção especial, por conhecer o histórico. Ele teve um ano conturbado, teve lesão séria, passou um ano sem jogar. Abracei o retorno dele, foi meu camisa 10 no Brasileiro de Aspirantes e está no contexto da equipe para o campeonato. Mas a concorrência é grande mesmo, Ramon, Arthur Rezende. Ele é mais agudo, mais próximo do Ramon do que do Arthur. Trabalhar com dois meias e um volante apenas, que não tem tanto essa pegada, tem muito passe, construção. É apenas uma questão de encaixe em relação aos companheiros. No jogo em que ele entrou, ele entrou no lugar do Ramon. Faz parte do contexto. A concorrência dos atletas me dá esse direito de fazer as minhas escolhas e entender que o momento para ele jogar é outro”.
Elogios a Arthur Rezende
“Arthur é um controlador do jogo. Um dos médios nossos, que controla muito mais o jogo. Ele e o Ramon, que é mais agudo, mais à frente, de última bola, último passe, de assistências. Arthur é o cara que circula a bola. Talvez por isso Arthur é mais exigido que o Ramon. Bate e volta toda hora. Estamos na mesma pegada dos adversários. A dinâmica ficou um pouco pesada para o Arthur e a gente acabou perdendo um pouco do controle do jogo quando ele perdeu a intensidade. (…) Mas o controle de jogo, Arthur faz muito bem. É acima da média. No nosso grupo, a gente não tem uma reposição no mesmo nível”.
Entrada de Alesson e ausência de Gabriel Esteves
“Entendi que precisávamos mais de profundidade, mais terço final, individualidade. Alesson me dá isso. Dá essa condição. É de um contra um, arisco, rabisca como o Gustavinho. Fez um bom jogo enquanto teve gás, fôlego. Boas participações, finalizou. Principalmente com apoio do Fernandão, precisava mais dessa velocidade. Acho que mesclou bem. Alesson foi bem na partida e trouxe para mim o que eu precisava neste jogo”
O time de transição do Bahia volta a campo no domingo (09), contra o Jacobina, fora de casa.