O diretor Executivo do Bahia, Pedro Henriques concedeu entrevista ao portal Bahia Notícias e comentou sobre os avanços nas obras da Cidade Tricolor.
Vice-presidente durante a gestão Marcelo Sant’Ana, Pedro Henriques foi contratado por Guilherme Bellintani para assumir um cargo executivo. Longe dos holofotes, o dirigente tricolor tem atuado mais próximo da execução dos planos traçados pela diretoria.
Quanto às reformas na estrutura da Cidade Tricolor, Pedro Henriques diz que o trabalho de recuperação do centro de treinamento está dentro do cronograma e que será entregue no segundo semestre. A mudança definitiva para o novo CT neste ano ainda é avaliada
“A Cidade Tricolor foi uma das coisas que mais me fizeram querer aceitar o convite de Guilherme porque é algo que acompanhei desde a retomada do processo judicial. Recuperamos através do acordo, fizemos o pagamento e agora estamos em reta final para viabilizar o equipamento. Sem manutenção, naturalmente tivemos perdas estruturais e estamos recuperando. Não diria que é uma grande reforma, e sim uma recuperação. Não é uma intervenção pesada, embora seja de grande porte. Estamos dentro do cronograma – claro que em obras existem imprevistos. Nesse ano, descobrimos um problema no sistema de águas pluviais e isso encareceu a obra, mas a nossa previsão de entrega é no segundo semestre. A mudança vai depender do departamento de futebol, se é viável mudar no meio da temporada, mas que vai ser entregue, vai. Tenho convicção de que a obra será entregue e vai ser um ciclo que se encerra”.
Na sua opinião, qual é o caminho viável para o Fazendão?
Você falou na minha opinião, porque isso é matéria de presidência, assembleia geral… Não sei se venda, não sei se um empreendimento no qual o Bahia poderia ser sócio. Uma negociação é imperativa porque a manutenção de dois centros de treinamentos seria difícil para o fluxo de caixa. Só para as pessoas terem noção, o Fazendão tem aproximadamente 120 mil m² e a Cidade Tricolor tem 300 mil m². Aí você já aumenta custo de luz, água… É uma outra realidade. Tem que ser feita uma análise de qual a melhor oportunidade para o Fazendão. O Fazendão tem mais alternativas de iliquidez do que a Cidade Tricolor.
Após o CT, o Bahia pode sonhar com um estádio próprio?
Eu acho que Guilherme e Vitor não pensam nessa questão de estádio. A gente tem uma relação muito melhor com a Fonte Nova. Já na gestão anterior houve evolução e agora a relação me parece mais próxima. Acredito que na Cidade Tricolor o Bahia pode ter uma estrutura para jogos menores, especialmente da base, do futebol feminino. Estava mostrando para Guilherme e Vitor que o investimento de construir uma arquibancada com alguns vestiários não é um investimento alto e se paga rapidamente. Temos custos para mandar jogos da base e do feminino em Pituaçu. Em um ano, creio que uma estrutura dessa se pagaria.
A partir do ano que vem, se começa a falar em eleição no Bahia. Pensa em ser candidato?
Rapaz, tive a oportunidade de ser candidato, mas optei por não fazer isso. Todo mundo só vê o lado positivo, mas só quem vive sabe o desgaste. Felizmente, Guilherme e Vitor não viveram uma forte crise. Quando fui eleito vice-presidente, tinha 29 anos. Não acho que minha idade atrapalhou o trabalho, mas atrapalhou minha vida pessoal e me causou problemas que pesaram para eu não optar por me candidatar. Mas desenvolvendo esse trabalho, me surgiu o interesse de uma função técnica que é a que ocupo hoje. Acredito que tem muita coisa para acontecer e não serei eu que irei começar esse processo. Não estou com intenção de mexer nessa fogueira.