Em busca do primeiro triunfo jogando fora neste campeonato Brasileiro, o técnico Roger Machado concedeu entrevista nesta sexta-feira (17) no Fazendão e confirmou mudanças na equipe.
O treinador lamentou as duas derrotas fora de casa nesse Brasileirão e afirmou que a equipe fora de Salvador da mesma forma que na Fonte nova.
“O objetivo é nos jogos fora de casa procurar esse equilíbrio. A gente entende que é preciso aumentar essa proporção na medida que a gente queira fazer um grande campeonato. Nesses dois primeiros jogos, contra o Botafogo saímos na frente e depois cedemos a virada. Contra o Athletico logo nos primeiros momentos não suportamos a pressão inicial do adversário, o que decretou o gol e a vitória do adversário. O Bahia que quero ver em campo é o Bahia da Fonte Nova, com as precauções de jogar fora de casa, mas buscando os pontos que a gente quer, que são os pontos do triunfo”, disse.
“Quando se coloca jogadores com capacidade de recupera a bola nesse setor, é para ter maior controle. Mas precisamos saber que temos três volantes com capacidade de jogo, bom passe, e dois jogadores abertos pelo lado que expõe o time adversário a velocidade nas suas costas. Não é mudança de sistema. Com Eric Ramires jogamos com essa função por dentro contra o Athletico. Diante dessa necessidade de ter maior controle, testo essa opção”, acrescentou.
Semana de treinos
“O que eu bati bastante nesse princípio não foi nem a compactação da frente para trás, dos meus pontas, do meu meia, do meu centroavante. É que em alguns momentos a gente sofreu a compactação do ataque. Quando me proponho a ter cinco jogadores a frente da bola para chegar ao gol adversário, muitas vezes não consigo organizar isso de forma eficiente. E quando a bola é retomada, minha primeira linha estava distante desse bloco. E isso expõe os zagueiros a uma dificuldade e um terreno muito grande para correr para trás.
Então, no primeiro momento, foi para compactar no ataque. Da mesma forma que cobro dos atacantes que compactem para trás, para deixar o time curto, dar pouco espaço ao adversário, preciso compactar no sentido contrário quando estou no ataque. Ou vou expor meus jogadores de defesa, que vão ter que defender contra jogadores mais rápidos”.
Gilberto ou Fernandão?
“As diferenças de características de Fernandão e Gilberto são bem palpáveis. Fernandão é um jogador mais de área, que atua mais entre os zagueiros e tem capacidade de fazer pivô, o que dá tempo para o time sair de trás e preencher a área, quando pegamos time muito fechado e que se defende com muitos jogadores, temos a chance de criar jogadas pelos lados para acessar a área lateralmente, isso jogando dentro de casa muitas vezes. Fora de casa, como foi contra o Athletico, que eles iriam nos pressionar dentro de nosso campo, tem a alternativa de tentar construir apoiado lá de trás, mas sabendo que o adversário vai pressionar, você ter a capacidade de romper a linha pelo chão ou pelo alto, com pivô para reter a bola ou dar uma casquinha.
A gente se vale dessa característica de jogo do Fernandão, pode ser em casa ou fora. Depende do que o adversário propõe. Gilberto é mais móvel. No jogo contra o Avaí, ele saiu jogando, era necessário, como o Avaí jogava com linha de cinco, ter pequenas diagonais nas costas dos zagueiros. Ele tem essa característica. Mobilidade para sair da área, não ser só o finalizador, mas auxiliar na construção da jogada. O gol do Artur ele municiou ao jogar pelo lado. Isso gera a diferença pela escolha de um ou outro como titular. Feliz o treinador que tem esses jogadores com essas características se esse faro de gol”.
O Tricolor entra em campo neste domingo (19) às 11h para enfrentar o São Paulo, no Morumbi.